3 de set. de 2018

Lilith e a Liberdade Feminina





Lilith e a Liberdade Feminina
Por Claudia Lisboa



Onde entra a astrologia quando se trata do feminino, das questões das mulheres, das diferenças, dos excluídos e das minorias? Lilith é chave para entender essas questões, falo dela nessa mensagem e também em um vídeo que você pode assistir aqui.




Já vimos anteriormente que Lua representa um canto onde podemos encostar a cabeça, onde há um prato na mesa quando temos fome, onde nós temos os seres queridos que podem nos acolher tanto nos bons quanto nos maus momentos.


Na Vênus, nós encontramos nosso desejo, o desejo possível, aquele que nos atrai, que faz nos sentirmos amados e que nos mostra a potência de amar. São nossas trocas, os verdadeiros encontros. A posição da Vênus vai mostrar como nós lidamos com essas relações que envolvem a profunda afetividade, manutenção ou das separações das relações, enfim, das histórias de amor.


Mas, em nosso mapa, temos uma mocinha – nem tão mocinha assim – que merece atenção especial quando tratamos destes assuntos.


Astronomicamente, chamamos o ponto da órbita da Lua mais afastado da Terra de apogeu lunar. Na astrologia, utilizamos a Lilith para representar toda força oculta desta Lua Negra.


A Lilith é uma personagem da mitologia do antigo testamento, que teria sido – segundo relatos orais que temos dos rabinos - a primeira mulher de Adão. Lilith foi aquela que se recusou a se submeter à lei de dominação masculina, à lei patriarcal.


É aquela que não se submete a nada, ela é simplesmente fiel ao seu desejo. Nela, nós somos mulheres independentes. Homens com seu feminino totalmente aberto e harmonizado podem lidar com as emoções e com aquilo que verdadeiramente sentem, reconhecendo as mulheres e diferenças como partes de um todo, e não uma segregação em que uns dominam e outros se submetem. Na Lilith, nós gritamos pela nossa liberdade, lutamos para ser donos do nosso desejo e do nosso corpo. Lá, tomamos nossas decisões independente de nos sujeitarmos aos jogos da paixão e do amor. É onde também nós vivemos então o exílio. É lá que nós sofremos muito com o abandono ou com a solidão. Mas é uma solidão que nos ensina a sermos verdadeiros com aquilo que nós queremos, a sermos libertários, a nutrir na nossa própria energia da nossa liberdade.


Com Lilith nós acolhemos aqueles que estão excluídos de uma sociedade hegemônica. É lá que nós podemos nos encontrar com a nossa verdadeira natureza amorosa.


Trabalhar com a Lilith é encontrar o caminho seguro para restaurar as forças de uma alma desgastada, fecundando-a para trazer à luz outras vidas.


Com força para seguirmos juntas,
Um forte abraço,
Claudia Lisboa


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