Loucas
ou Ciclicas?
Você
sabia que o Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela Organização das
Nações Unidas em 1975, mas já era celebrado muito tempo antes, desde o início
do século 20? Sua raiz tem origens trabalhistas e ainda hoje é “celebrado” em
todo o mundo com protestos e manifestações a favor dos direitos das
mulheres.
Houve
uma deturpação do motivo real deste dia, e para algumas pessoas, essa data se
tornou mais uma no calendário comercial. Dia em que as vendas aumentam muito
nas floriculturas em todo
o mundo.
Mas
qual é a nossa luta? Para que um dia internacional da Mulher?
Muito
já conquistamos desde que a primeira mulher se levantou contra a submissão e os
abusos do patriarcado, mas ainda há muito a ser feito. Ainda paga-se menos às
mulheres que aos homens, pelo mesmo trabalho, ainda somos as maiores vítimas de
violência doméstica, ainda somos vítimas de todo o tipo de abuso e violência,
ainda temos medo de andar sozinhas pelas ruas à noite, ainda sofremos violência
obstétrica, ainda temos menos voz política e social.
E
acima de tudo, ainda há uma luta a ser travada dentro de nós mesmas, para
que amemos nossos
corpos, reverenciemos nosso sangue, vejamos as outras mulheres como irmãs, curando
todas as feridas que há no inconsciente coletivo feminino, incluindo todas as
que se sentem mulheres, mas que nasceram em um corpo masculino, reverenciando
também o masculino sagrado e abrindo o coração para a dor também desse
masculino ferido. Nos despindo de tudo o que o patriarcado construiu dentro de
nós mesmas.
A
mudança começa aqui dentro!
Então,
hoje, quando for parabenizar uma mulher pelo seu dia, olhe nos olhos dela, reconheça suas batalhas internas, reverencie
sua luta, e não se esqueça também de olhar no espelho, bem no fundo dos seus
olhos e honrar a mulher que você é!
Com
amor,
Carol
Neves e equipe Pachamama
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