DENTE-DE-LEÃO, Taraxacum officinale,
alface-de-cão,
amargosa, chicória-silvestre
Esta planta é
usada na medicina tradicional desde tempos remotos na Europa. No Brasil é considerada
diurética potente, sendo empregadas suas folhas, raízese capítulos florais,
para dores reumáticas, diabetes, inapetência, afecções da pele, hepáticas e
biliares, prisão de ventre e astenia.
Na sua composição
fitoquímica destaca-se a presença de óleo-resina, alcaloides (taraxina),
taninos, carotenoides, colina, fitoesterol, sais minerais (principalmente
potássio) e principalmenteamargo (taraxicina). (1)
Constituintes
químicos: ácido cafeico,
ácido cítrico, ácido dioxinâmico, ácido p-oxifenilacético, ácido tartárico,
ácidos graxos, alcaloides, amerina, aminoácidos, apigenina, carboidratos,
carotenoides, cobalto, cobre, colina, compostos nitrogenados, estigmasterol,
ferro, fitosterol, flavonoides, fósforo, frutose, glicosídeo (taraxacosídeo), inulina,
lactucopicrina, látex, levulina, luteolina, magnésio, matéria graxa, mucilagem,
níquel, óleo essencial, pectina, potássio, pro-vitamina A, resina, sais de
cálcio, saponinas, silicatos, sitosterol, soda, sódio, stigmasterol, taninos,
taraxacina, taraxacosídeos, taraxasterol, taraxerol, vitaminas: A, B1, C, PP,
D; xantofilas.
Propriedades medicinais: alcalinizante, anódina, antianêmica, anticolesterol, antidiarreica, antiescorbútica, antiflogística, anti-hemorrágica, anti-hemorroidária, anti-hipertensiva, anti-inflamatória, antilítica biliar, antioxidante, antirreumática, antiúrica, antivirótica, aperiente, bactericida, carminativa, colagoga, colerética, depurativa, desobstruente das vísceras abdominais, diurética, digestiva, estimulante, expectorante, febrífuga, fortificante dos nervos, galactagoga, hepática, hipocolesterolêmica, hipoglicêmica, laxante suave, nutritivas, problemas do fígado, sudorífica, tônica.
Indicações: ácido úrico; acidose, acnes, afecções biliares, afecções hepáticas, afecções ósseas, afecções renais, afecções vesicais, aliviar escamações da pele, aliviar irritações da pele, aliviar vermelhidões na pele, anemias; arteriosclerose, astenia, baixa produção de leite por lactantes, cálculos biliares; câncer, cárie dentária, celulite, cirrose, cistite, colecistite (inflamação da vesícula biliar); colesterol, constipações, depurativo para todo o organismo, dermatoses, desordens hepatobiliares, desordens reumáticas, diabetes, diluir gorduras do organismo, distúrbios menstruais; diurético, doenças de pele, doenças ósseas, eczemas, edemas; escarros hemoptoicos, espasmos das vias biliares, esplenite (inflamação do baço); excesso de colesterol, falta de apetite, fígado, fraqueza; gota, hepatite; hidropisia; hiperacidez do organismo, hipoacidez gástrica, icterícia, impurezas no sangue, insuficiência hepática; litíase biliar, manchas na pele, nefrite, obesidade, obstipação, oligúria, palidez; paludismo, pele, piorreia, prevenção de derrames, prevenir a gota, prevenir artritismo, prevenir cálculos renais, prevenir cárie dentária, prevenir doenças das gengivas, prevenir reumatismo, prisão de ventre, problema hepáticos, problemas digestivos, radicais livres, renovar e fortalecer o sangue, reumatismo; rugas, sardas, tonificar o sistema sexual, varizes, verrugas, vesícula.
Parte utilizada: rizoma, folhas, inflorescência, sementes.
Contra-indicações/cuidados: não usar na gravidez. É contra indicado em casos de pessoas com sensibilidade gastrintestinal, acidez estomacal, com obstrução no duto biliar; no caso de cálculos renais, usar a planta apenas sob a supervisão de um médico.
Podem ocorrer náuseas, vômitos, diarreia, pirose, reações alérgicas.
O látex da planta fresca pode produzir dermatite de contato.
Em uso interno, pode causar moléstias gástricas, como hiperacidez. Para evitar associar o malvavisco ou outra planta mucilaginosa.
O uso de diuréticos em presença de hipertensão ou cardiopatia, só sob prescrição médico, dada a possibilidade de ocorrer descompensação tensional ou eliminação de potássio excessiva com potencialização dos efeitos dos cardiotônicos (no caso do dente-de-leão o risco é menor por ser ele rico em potássio).
Modo de usar: infusão, decocção, vinho.
Folhas:
- suco: bater no liquidificador 4 folhas, 1 copo d'água e gotas de limão. Tomar 2 a 3 colheradas do suco ao dia.
- secas: 4 a 10 g três vezes ao dia ou por infusão.
- infusão: 10 g de folhas por litro de água, como tônico e depurativo, 3 xícaras de chá por dia.
- sumo das folhas: cálculos renais e fígado.
Uso externo: vitiligo.
- folhas novas são usadas em saladas; as folhas velhas, refogadas e comidas como verdura;
Flores:
- fritas.
- em saladas, maioneses e geleias;
Sementes:
- torradas e moídas, podem ser usadas como "café de chicória".
Rizomas:
- comidas cruas ou cozidas, cortadas em fatias.
- deixar macerar por 1 dia 1 colher das de chá de raízes secas em 1 xícara das de chá de água. Tomar ½ xícara antes das refeições: desintoxicante hepático e depurativo;
- 2 a 3 colheres de chá das raízes secas em 250 ml de água. Ferver 10 a 15 minutos.
Tomar 3 vezes ao dia.
- 1 colher de chá de raízes secas em ½ copo de vinho tinto seco. Deixar macerar 10 dias. Tomar 1 cálice antes das refeições: aperiente;
- raiz pulverizada: 1 g por dose, 4 g por dia.
- extrato fluido: 30 gotas, 3 a 4 vezes ao dia.
- macerar 1 colher-de-chá de raízes picadas em uma xícara de água, durante uma noite. Ferver no dia seguinte por cerca de 1 minuto. Tampar e deixar esfriar. Coar e tomar meia xícara em jejum e a outra metade após o café da manhã do mesmo dia: depurativo e desintoxicante;
- 1 colher de chá de raízes secas em ½ copo de vinho tinto seco. Deixar macerar 10 dias. Tomar 1 cálice antes das refeições: aperiente;
- raiz pulverizada: 1 g por dose, 4 g por dia.
- extrato fluido: 30 gotas, 3 a 4 vezes ao dia.
- macerar 1 colher-de-chá de raízes picadas em uma xícara de água, durante uma noite. Ferver no dia seguinte por cerca de 1 minuto. Tampar e deixar esfriar. Coar e tomar meia xícara em jejum e a outra metade após o café da manhã do mesmo dia: depurativo e desintoxicante;
- tintura (1:5): 5 a 10 ml em 25% etanol, 3 vezes ao dia.
Raízes e folhas:
- 2 colheres-de-sopa de raízes e folhas picadas, em 1 litro de água. Ferver por 3 minutos, tampar até esfriar. Coar, tomar durante o dia, dividido em várias doses: diurética.
- tintura mãe: 50 gotas, 3 vezes ao dia.
Raízes, flores e folhas novas podem ser consumidas cruas em saladas como estimulante da digestão.
Planta toda seca pulverizada: 1 g por dose, 3 a 4 vezes ao dia.
Pesquisado por: Regina Yassoe Fukuhara, aluna do Curso de Plantas Medicinais - Agnes' Natuterapias
Blog da Regina: http://saboresdomato.blogspot.com.br/
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