Família: Moringaceae
Sinônimos
botânicos: Guilandina moringa L., Moringa moringa (L.) Millsp.,
Moringa pterygosperma Gaertn., Moringa zeylanica Burmann.
Origem: Índia
Introdução no Brasil: Década de 50 e ela foi introduzida
como planta ornamental e também como uma planta apícola (porque produz flores
durante boa parte do ano).
Regiões do Brasil onde é
encontrada: Nordeste,
principalmente nos estados do Maranhão, Piauí e Ceará. Região Sudeste (São
Paulo) e Centro-Oeste, principalmente Mato Grosso do Sul (Pantanal).
Nomes Populares: lírio-branco, quiabo-de-quina, acácia-branca, árvore-dos-milagres, morango, muringueiro.
Partes Utilizadas: Folhas, cascas, raízes, flores e
vagens (frutos).
Obs.: as raízes também podem ser
consumidas e nesse caso é preciso retirar a casca, que é tóxica. Ela é
comestível e tem um sabor picante que se assemelha ao do rabanete, segundo o
pesquisador do Embrapa Frederico Lisita.
As folhas
de moringa são ricas em β-caroteno, Proteínas, Vitamina C, Cálcio e Potássio.
Folhas, flores e sementes da Moringa oleifera são consideradas
fonte natural de antioxidantes.
Propriedades
medicinais: abortífero, afrodisíaco, aglutinante (sementes),
alimentício (folhas), analgésico (raízes e casca), antibacteriano (casca),
antibiótico, anticonvulsivante, antidiabético, antidiarreico, antiedêmico,
antieplético (suco das raízes), antiespasmódico, antifertilidade (raízes e
casca), antifúngico, anti-helmíntico (vagens), antiinflamatório (raízes e
casca), antimicrobiano,antioxidante, antiparalí tico (raízes e frutos),
antipirético (vagens), antisséptico, antitumor, antiviral (raízes e casca),
aperiente, broncodilatador, cardiodepressor, cardiotônico (suco das raízes),
carminativo, cicatrizante, colagogo (flores), colerético, contraceptivo,
depressor do sistema nervoso central, depurativo, diurético (flores), embólico,
emenagogo, emético, espasmogênico, espasmolítico, estimulante (flores),
estomáquico, estrogênico, expectorante, febrífugo, fungistático (casca),
hipoglicemiante (casca e flores no vapor), hipotensivo, imunoestimulante,
imunossupressor, lactagogo, laxativo (raízes), litolítico, mutagênico, piscicida,
protisticida, rubefasciente (uso externo), sedativo, uterotônico,
vasoconstritor, vermífugo (flores e sementes), vesicante, vibriocida.
Indicações de uso medicinal da
folha como:
purgativo, analgésico, antiinflamatório e o suco é utilizado como hipoglicêmico
(baixa os níveis de glicose no sangue).
Também pode ser indicada nos casos de desnutrição, arteriosclerose, doença arterial coronariana, colesterol.
As folhas
também podem ser consumidas cozidas em: sopas, bolos, pães e guisados.
A vagem
pode ser usada verde e fresca, e quando cozidas tem sabor parecido com
ervilhas.
As
sementes podem ser torradas ou cozidas com sal e usadas como vermífugo.
No
Brasil, a farinha da folha é utilizada pela Pastoral da Criança, em estados do
Norte e do Nordeste para alimentação de populações com carências nutricionais.
No
interior de São Paulo (Marília) há um projeto chamado “Moringa oleifera – A árvore da vida” em parceria
do Trees for Future e do Instituto Sócio Ambiental Árvores
para o Futuro (ISAAF) que utiliza a farinha da folha de moringa em escolas do
estado de São Paulo.
Outras formas de utilização: A Moringa também é utilizada
para fabricação de ração de animais, biocombustível e também para recuperação
de solo e limpeza de água.
Contra-indicações: Segundo Cândida Cardoso,
delegada do Ministério do Desenvolvimento Rural de Santa Cruz, pode: conduzir a
problemas cardíacos, poderá aumentar a produção de glóbulos vermelhos, o que
deixará o indivíduo “mais propenso” a um acidente vascular cerebral (AVC). Pode
também baixar de “forma brusca” a glicemia.
Composição Fito-Química:
Sementes:
oleína, polissacarídios complexos, substâncias
antibióticas (pterigospermina e ramnosiloxibenzilisotiocianato).
Cascas
do caule: alcalóide, resinas, mucilagem, ácido margarico,
benico e moringuico.
Folhas:
Proteína: 24,5 g por 100 g de farinha de
folha de moringa.
Sua
possui um elevado valor de Proteína
quando comparado com outros vegetais.
Minerais: Cálcio, Potássio, Enxofre e Magnésio.
Obs.: Esses teores de minerais podem
variar durante os diversos períodos do ano. Fatores climáticos e formas de
cultivo interferem na composição de nutrientes, que consequentemente traz essa
variação.
Ácidos Graxos: foram encontrado sete tipos na farinha da folha, os quais em média 69,4%
são ácidos graxos poli-insaturados. O Ácido Linolênico é o encontrado em maior
proporção. Este é o precursor dos ácidos graxos poli-insaturados da série ω-3 e
6 de cadeia mais longa. O primeiro ácido não pode ser sintetizado pelos
animais, inclusive o homem, portanto é considerado ácido graxo essencial.
Os demais
ácidos graxos insaturados encontrados foram: linoleico e o docosaexaenoico. O
ácido linoleico é precursor dos ácidos graxos poli-insaturados ω-6 de cadeia
mais longa, também considerado ácido graxo essencial. O ácido graxo
poli-insaturado da série ω-3, ácido docosaexaenoico (DHA), apresenta ação
anti-inflamatória.
Vitamina C: em testes foi detectada uma quantidade muito
baixa de Ácido Ascórbico (Vitamina C), mas isso quem sabe se deve a forma de preparo, pois esse ácido é muito
sensível a algumas intervenções.
Carotenoides: Apresenta quantidade de carotenoides totais (entre 358 a 436 mg 100 g-1 de amostra),
com predominância de Luteína.
A folha apresenta
teores elevados de Luteína se comparado com outros alimentos considerados
fontes, como couve cru, couve cozida, espinafre cru.
E o teor
de β-caroteno é elevado se comparado com vegetais, como brócolis, folha do
aipo, couve e chicória.
O teor de
Luteína encontrada é estatisticamente igual para todos os meses analisados,
enquanto que a β-criptoxantina e o β-caroteno varia significativamente entre os
meses de coleta. Segundo pesquisadores
informam que essas diferenças qualitativas e quantitativas de carotenoides,
podem estar relacionadas a fatores como: cultivo, variedade da planta,
maturidade no momento da colheita, clima, região de cultivo, parte da planta
utilizada, condições durante a produção e condições pós-colheita.
O consumo
regular do alimento com Luteína está relacionado com baixo risco de doenças
cardiovasculares, prevenção de alguns tipos de câncer, catarata e degeneração
macular e envelhecimento. O consumo de cerca de 10 g de farinha de moringa por
dia irá fornecer cerca de 30,4 mg de luteína.
Obs.: A utilização das folhas e sua
várias formas de uso não causam como resultado o aumento da glicose, pois ela
tem a capacidade de não se transformar em açúcares como outros vegetais.
Outros:
Fibras,
Ácido Clorogênico e Rutina.
Farinha
de Moringa
Ingredientes: Folhas maduras secas de Moringa.
Existem dois modos para o preparo da farinha de
moringa.
Modo de preparo: Secar as folhinhas de moringa em uma peneira em local fresco e à sombra por vários dias até que estejam quebradiças. Coloque-as no liquidificador para transformá-las em um pó fino ou soque-as num pilão. Armazene em um vidro escuro, na parte de baixo da geladeira.
Modo de preparo em regiões de muita umidade (com possibilidade das folhas mofarem): Retire os pecíolos das folhinhas de moringa e lave-as. Deixe secar à sombra por 2 horas. Espalhe-as em tabuleiro de alumínio e leve ao forno com temperatura mínima. É aconselhável deixar o forno semi-aberto por pelo menos 30 minutos de secamento para se evitar o possível cozimento das folhas. Deixe as folhas secarem até ficarem quebradiças (em média 60 minutos). Coloque-as no liquidificador para transformá-las em um pó fino. Armazene em um vidro escuro, na parte de baixo da geladeira.
Pode-se usar essa farinha como
acompanhamento de vários alimentos como, por exemplo, feijão, arroz, saladas,
etc.
PÃO INTEGRAL
Ingredientes:
·
2 xícaras
(chá)de água morna
·
1 xícara
(chá) de óleo
·
3
colheres (café) de sal
·
3 ovos
·
1/2
xícara (chá) de açúcar (opcional)
·
3
tabletes ou 45g de fermento biológico (pão)
·
3 a 5
xícaras de farinha de trigo integral
·
farinha
de trigo comum (até dar o ponto, cerca de 500 a 750g)
·
100g de
Pó de Moringa
·
Preparação:
1.
Bater no
liquidificador a água morna, óleo, sal, ovos, açúcar e o fermento.
2.
Misturar
a farinha integral, dissolvendo-a muito bem. Acrescentar a farinha de trigo e
Moringa em pó aos poucos, sovando até não grudar nas mãos.
3.
Fazer uma
bola com toda a massa e deixar crescer até dobrar de volume, coberta por um
pano de prato limpo. Fazer os pães nos formatos desejados.
4.
Deixar os
pães crescendo nas assadeira, cobertos com pano de prato limpo, até que, quando
pressionados com o dedo, a massa permaneça afundada, não retornando ao ponto
original.
5.
Assar em
forno com temperatura mínima e aumentar para média somente quando começar a
dourar.
Fontes:
Livro:
Plantas Medicinais no Brasil: Nativas e Exóticas –
Lorenzi, Harry e Matos, F.J. Abreu – Instituto Plantarum, 2ª Edição: 2008, Nova
Odessa, SP. Páginas 379 e 380.
Sites:
http://projetomoringa.blogspot.com.br/p/informacoes-cientificas.html
(blog)
https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/19823237/moringa-para-todos-os-gostos
http://www.plantamed.com.br/index.html
Obs.:
Todos (sites e blog) acessados aos 18.05.2017, as 19:00 hs.
Pesquisado
por:
Renilde Santos, Terapeuta Naturopata especialista em Plantas Medicinais,
Florais e Homeopatias.
Ministrante de Cursos nas áreas Holísticas e
Esotéricas em destaque o de Plantas Medicinais pela Agnes’ Natuterapias.
Contatos:
Agnes' Natuterapias
Fones: 55-11-2805-4917, 2129-7401, 97139-7192 (Vivo), 97961-0313 (Tim), 96172-1110 (Claro), 97974-1396 (Oi)
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